As recentes declarações de Thomas Mayer, economista chefe do Deutsche Bank, afirmando que a sobrevivência do euro «já não pode ser dada como certa», vem, cada vez mais, a clarificar os contornos da intensa campanha de comunicação e intoxicação que tem vindo a ser desenvolvida no ataque ao Euro, com cumplicidade das agências de rating, e claramente com a Alemanha a ser o principal beneficiário. Os alemães já não escondem (se é que alguma vez esconderam) a sua pretensão soberana sobre os destinos europeus e a afirmação do Deutsche Mark como a “moeda europeia de referência”. Tal qual o dólar europeu. Aliás, percebe-se a sua “corrida em desespero”, que já vem de trás, quando os súbitos de Sua Majestade infligiram o primeiro golpe a Berlim não aderindo ao Euro. A salvaguarda Britânica anulou, per si, a reserva estratégica que os alemães ambicionavam conseguir em caso de crise. Pergunta-se por quanto tempo muitos dos Estados Europeus vão consentir calados esta afronta, com excepção para os franceses de Sarkozy, cuja reedição do eixo Paris-Bona será sempre uma mais-valia.
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