8 de setembro de 2009

Caiu a capa a Louçã

O debate entre José Sócrates e Francisco Louçã teve uma virtude primeira. O Primeiro-ministro conseguiu arrastar Louçã para a face oculta do Bloco de Esquerda: o verdadeiro pensamento ideológico de radicalismo político completamente desajustado da realidade democrática de uma Europa moderna que os Bloquistas tentam, a todo o custo, esconder.
O discurso “fácil” de Louçã (e mais dois ou três protagonistas do BE que sustentam a visibilidade do partido) alicerçado apenas na esfera comunicacional e sem necessidade de sustentação explicativa da sua base ideológica tem sido um modus operandi de sucesso. Aliás compreende-se a lógica discursiva de Louçã: tudo é articulado na exploração de casos pontuais e depois Louçã parte para a extrapolação. Logo as pessoas não precisam de procurar nada mais porque as respostas são dadas pelo condicionalismo criado por cada caso. É assim no Parlamento, é assim na televisão, é assim na rua. Ou era! Porque agora Louçã vai ter de começar a justificar tudo o que diz. E então vamos ver quantos portugueses se continuarão a rever neste radicalismo político.

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