Escrevo estas linhas e ainda Nuno Morais Sarmento não acabou a sua entrevista ao Dia D na SIC notícias. A primeira imagem que me veio à mente foi daquelas noites de arromba em que todos dizíamos agora o que vai custar é o Day After. De facto, Morais Sarmento não foi ao dia D foi ao Day After e pouco se aproveitou da sua ressaca televisiva.
Apenas alguns pontos a reter:
É notória a incapacidade do PSD em construir figuras de alicerce para veicular a sua mensagem política;
É notória a incapacidade do PSD em ter um discurso alinhado numa estratégia clara de comunicação política. A confusão de argumentos (do ponto de vista da sua construção e legitimação) gera dissonância e amplifica um dos efeitos mais perigosos (mas pouco debatido) da Comunicação, o da falsa propaganda.
Porque a Propaganda (como a definimos hoje) tem pleno enquadramento na acção política (embora seja matéria discutível) mas carece sempre de uma base de sustentação programática. Nem isto o PSD consegue fazer;
Percebe-se o que Nuno Morais Sarmento tentou fazer: introduzir uma credibilidade protagonizada e de protagonista, ensaiando um discurso de responsabilidade política no sentido lato. Uma estratégia apontada em dois eixos de actuação que visa, por um lado, retomar um discurso de intervenção acima das meras questões partidárias (um modelo bem ensaiado por Cavaco Silva) e, por outro, esconder a incapacidade da sua família política em dar respostas concretas em matéria de políticas alternativas à actual governação.
Tudo isto não faz sentido a um ano das eleições quando para trás ficaram três anos de silêncio, por inacção ou porque o espaço de intervenção e comunicação foi habilmente ocupado por outros;
Morais Sarmento parece hoje pouco mais do que um paladino à procura da “virgindade perdida”. De facto, como bem referiu, Portugal evolui de uma forma extraordinária nestes últimos 30 anos. Mas os portugueses também…por isso já não há espaço para “Conversas em Família”.
Apenas alguns pontos a reter:
É notória a incapacidade do PSD em construir figuras de alicerce para veicular a sua mensagem política;
É notória a incapacidade do PSD em ter um discurso alinhado numa estratégia clara de comunicação política. A confusão de argumentos (do ponto de vista da sua construção e legitimação) gera dissonância e amplifica um dos efeitos mais perigosos (mas pouco debatido) da Comunicação, o da falsa propaganda.
Porque a Propaganda (como a definimos hoje) tem pleno enquadramento na acção política (embora seja matéria discutível) mas carece sempre de uma base de sustentação programática. Nem isto o PSD consegue fazer;
Percebe-se o que Nuno Morais Sarmento tentou fazer: introduzir uma credibilidade protagonizada e de protagonista, ensaiando um discurso de responsabilidade política no sentido lato. Uma estratégia apontada em dois eixos de actuação que visa, por um lado, retomar um discurso de intervenção acima das meras questões partidárias (um modelo bem ensaiado por Cavaco Silva) e, por outro, esconder a incapacidade da sua família política em dar respostas concretas em matéria de políticas alternativas à actual governação.
Tudo isto não faz sentido a um ano das eleições quando para trás ficaram três anos de silêncio, por inacção ou porque o espaço de intervenção e comunicação foi habilmente ocupado por outros;
Morais Sarmento parece hoje pouco mais do que um paladino à procura da “virgindade perdida”. De facto, como bem referiu, Portugal evolui de uma forma extraordinária nestes últimos 30 anos. Mas os portugueses também…por isso já não há espaço para “Conversas em Família”.
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