3 de outubro de 2008

Mudem-se os Tempos...


A questão das métricas em PR que o António Marques Mendes levanta (novamente) hoje é, de facto, um paradigma interessante de analisar numa perspectiva que nos leve a encontrar alguns factores inibidores para avançarmos neste domínio.
Por exemplo, uma eficaz avaliação, senso lato, da Comunicação, seria condição essencial para adoptarmos esquemas de remuneração por objectivos, em substituição das tradicionais avenças por prestação de serviços. Os reflexos seriam também óbvios nos processos de envolvimento Cliente/Consultores, mas obrigavam a uma profunda mudança na “mentalidade de gestão” da generalidade do tecido organizacional das instituições em Portugal.
O consultor de comunicação não pode ser um “corpo estranho à instituição”, nem menos uma figura de segunda linha quando este aparente estigma de anticorpo é ultrapassado.
Esta é apenas uma das mudanças necessárias entre muitas outras, como muito bem alude o Miguel Albano.
Por isso mesmo para quê mudar. De facto, o actual status quo é muito mais confortável para todos. Excepto para aqueles que tem uma verdadeira visão de consultoria em Comunicação. Mas a esses cabe também a grande responsabilidade de induzir esta mudança de mentalidades. Como, por exemplo, recusando trabalhar em condições de envolvimento Consultor/Empresa em que sejam meros prestadores de serviços (embora em alguns casos esse modelo deva ser adoptado), mesmos que isso tenha custos financeiros no curto prazo.
Porque, no médio prazo, este exercício bem entendido na vertente pedagógica, permitirá, para além de mais, separar o trigo do joio.

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